terça-feira, 1 de novembro de 2011

Aerosmith: Arena Anhembi - São Paulo/SP




O Aerosmith subiu ao palco da Arena Anhembi, na noite de domingo, 30 de outubro, em São Paulo, para tocar para 32 mil pessoas ensopadas. A chuva na capital não deu trégua e o público não estava nem aí: capas de chuva vestidas e disposição para ver a lendária banda.

 
Após uma pequena animação no telão e um som de sirene, os veteranos surgiram no palco. Às 20h15, Steven Tyler e Joe Perry, a tradicional dupla de vocal e guitarra, apareceram no fim da passarela, que pegava quase toda a pista VIP. Tyler com capa e calça douradas, chapéu e óculos, Perry com um sobretudo rosa.

O líder Tyler solta um animado “E aí São Paulo!”, e a banda então começa a tocar “Draw The Line”, debaixo daquela chuva forte, como se nada estivesse acontecendo. E assim permaneceu até o final do espetáculo.


O show fez parte da turnê “Back On The Road”, que enfatiza os 20 primeiros anos de sucesso do Aerosmith, basicamente de 1973 a 1993, porém com inclusão de alguns outros hits. “Same Old Song and Dance” e a clássica “Mama Kin” deram seqüência à abertura. Depois disso, Tyler pegou uma boneca inflável de alguém do público e brincou perguntando de quem ela era namorada e citou “Humm..Sweet Emotion! Não, ainda não”.


Era incrível o pique e a energia que vinha do Sr. Tyler, aos 63 anos, e a resposta do público que se manteve firme, forte e molhado. O vocalista tirou os óculos escuros e exibiu um olho roxo - causado pela queda que sofreu no banheiro do hotel onde estava hospedado no Paraguai, na semana passada. E melhor ainda, foi ter exibido bom humor com o caso e saúde de dar inveja a qualquer pessoa de 20 e poucos anos. Esfregou na cara.


Com domínio do palco, do público e de sua voz, o ídolo não nos deixou vontade de desviar o olhar dele, apesar de ter aberto (merecidos) espaços para os músicos fazerem seus solos. O baixista Tom Hamilton passeou pela passarela tocando seu contrabaixo dourado e o baterista Joe Kramer foi um dos grandes destaques do show, especialmente ao longo de seu solo, que contou com algumas baquetadas de Steven Tyler e, após jogar suas baquetas ao público, o baterista tocou com socos e cabeçadas em seu kit. E foi muito aplaudido.


Os hits “Janie's Got A Gun”, “Livin' on the Edge” e “Rag Doll” mantiveram a platéia quente e o repertório só agradava a cada canção tocada. “Amazing” foi belíssima, e depois, Tyler - sozinho no fim da passarela e na chuva - cantou as primeiras frases de “What It Takes”, semi- à capella, pois os paulistas soltaram o gogó junto e fizeram um memorável acompanhamento, até a entrada da banda no refrão.


“Last Child”antecedeu “Combination”, cantada por Joe Perry, que gentilmente agradeceu a presença dos fãs. Steven voltou para cantar a balada “I Don’t Want To Miss a Thing”, e casais se beijaram.


Um dos momentos mais aguardados chegou com a introdução de “Crying” e a aparição de trechos do videoclipe com Alicia Silverstone em um dos telões. Execução belíssima, como era de se esperar. “Sweet Emotion”, enfim, anuncia o encerramento do show.


Minutos depois a profissionalíssima e na ocasião, molhadíssima banda, volta ao palco para uma porrada no bis. As mais aguardadas da noite rolaram nesse momento: A arrepiante “Dream On”, a empolgante “Love In An Elevator” - com dancinhas e performance tradicional do vocalista - e o hit “Walk This Way”.


Houve um momento de se aplaudir muito, quando Steven Tyler atendeu aos pedidos do público, que levou cartazes sugerindo que a banda tocasse “Angel”, música de 1988. Ele ainda avisou que eles não tocam esta canção há cinco anos. E ainda assim, foi muito bem tocada, obrigada. Na empolgação dos imprevistos e improvisos, rolou também “Train Kept-A-Rolling”.


Assim terminou mais um espetáculo do Aerosmith, em sua única apresentação no País. Com todos os integrantes devidamente apresentados e com Steven Tyler declarando amor ao Brasil, e dizendo que São Paulo foi linda, apesar da chuva. Essas coisas só nos fazem lembrar que para estar onde estão hoje, esses caras só podem ser essa escola de profissionalismo e de rock n’roll. Até a próxima, mestres!

0 comentários:

Postar um comentário